domingo, 21 de abril de 2019

Destaque do segmento agro pelas ACIP/CDL e Câmara da Mulher Empreendedora é a entrevistada do mês: ÉRIKA CRISTINA PIRES RUIZ PEREIRA



Produtora de café na fazenda Nossa Senhora Aparecida (que teve o café escolhido como “café das Olimpíadas Rio 2016”), é administradora, tem dois MBA’s e foi escolhida como a Mulher do Agronegócio de Patrocínio 2018 na Noite da Mulher Empreendedora das ACIP/CDL

Fale-nos um pouco de sua história pessoal...
Sou de família paulista, nasci em Sertãozinho, mas vim para Patrocínio. Meu pai é Flávio Pequini, agrônomo, e minha mãe, Aparecida. Eu cresci e estudei em Patrocínio, entre a cidade e a fazenda.

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Depois disso, você voltou para o interior de São Paulo?
Sim, com 17 anos, me mudei para cursar faculdade. Me formei em 2004 em Administração com ênfase em Comércio Internacional em Ribeirão Preto, além de mais dois MBAs, em Agronegócio e Comércio Exterior. Trabalhei em empresas de exportação e fiquei 10 anos fora de Patrocínio.

Só que seu pai sonhava em ver um dos filhos trabalhando no negócio da família, certo?
Sim, meu pai sonhava em ver um dos filhos participando da gestão da fazenda. Aceitei o desafio e retornei para Patrocínio. No início não conhecia nada da cultura do café, comecei mais como espectadora, mas logo assumi as funções administrativas e financeiras da fazenda, coordenando o processo de certificações da propriedade que rapidamente alcançou duas das certificações mais conceituadas no mercado de café, a Starbucks e 4 C. 

Foi um momento importante, imagino...
Sim, ganhei a confiança não só de meu pai, mas dos colaboradores da fazenda Nossa Senhora Aparecida, pois viram que estava disposta a aprender e avançar. Em pouco tempo implantei melhorias na gestão, aproximei do Projeto Educampo para entender melhor dos custos da fazenda, iniciei negociações de café e passei a estudar e entender tudo sobre o negócio da família, desde o plantio até a venda. Já estou há nove anos trabalhando com meu pai e minha mãe na fazenda. 

Essa excelência na produção e gestão fez o café de vocês ter enorme destaque, não é mesmo?!
É verdade. Nosso café foi escolhido o “café oficial das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016”, bem como tivemos a inserção do café em diversos prêmios de qualidade e suas classificações. 

E a entrada no cooperativismo?
Ingressei como cooperada da Expocaccer, cooperativa da qual meu pai é um dos fundadores e acabei ingressando no Conselho de Administração, onde por um período fui membro efetivo, uma das poucas mulheres na função. Não tive como me candidatar para continuar no cargo devido à minha gravidez e, agora recente, o nascimento de minha filha.

Você teve obstáculos a superar nesse segmento por ser mulher?
Eu nunca tive dificuldades por ser mulher, muito pelo contrário, é uma área que respeita bastante a mulher. De toda forma, o que comento é que jamais deixem-se abater pelo tamanho das dificuldades ou pelo tamanho do desafio. A todo o momento é preciso dar provas de que somos capazes, mesmo assim não se deixem abater. Trabalhem, estudem, aprendam, argumentem, lutem pelo seu espaço com coragem, dignidade e honestidade.

Você recentemente foi homenageada pelas ACIP/CDL, através da Câmara da Mulher Empreendedora, sendo Destaque do Agro 2018 na Noite da Mulher Empreendedora. Como foi receber esta homenagem?
Foi uma surpresa muito grande ter sido homenageada. Eu não sabia que fazia tanta diferença assim. É muito gratificante saber que seu trabalho é admirado, trazendo resultados que são importantes para o empreendimento onde está atuando. É uma prova de que somos capazes de ocupar os espaços que quisermos se agirmos de maneira coerente com as pessoas e o ambiente que nos rodeiam.

Entrevista concedida ao jornalista André Luiz Costa | Especial para o Blog MAS / Fotos: Arquivo pessoal


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