sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Por que a mulher agricultora de sucesso deve entender de contabilidade?

Dra. Andréa Oliveira
Advogada | OAB/MG n. 81.473
A contabilidade deve servir de parâmetro para você, mulher do agronegócio, conhecer a saúde financeira da sua empresa e da empresa que negocia e entender que a contabilidade financeira de sua empresa é para informar externamente a sua situação financeira, para bancos, receita federal, cooperativas e a contabilidade gerencial é para alimentar, você, como gestora, de informações sobre a saúde financeira da sua empresa, para planejamento e tomada de decisões.

A contabilidade financeira é obrigatória e está sujeita às normas e imposições legais, enquanto que a contabilidade gerencial não está sujeitas às restrições e imposições legais e tem foco na decisão do gestor.

Hoje, a agricultora não pode conhecer apenas  das técnicas para plantar ou cuidar da lavoura, mas ter a mínima noção de como funciona a sua contabilidade e de questões de como é a engrenagem do sistema tributário brasileiro, Para emissão de notas fiscais e a depender do produto, incidirão impostos como ISS, ICMS, IPI, PIS e COFINS, para remuneração do trabalho, incidirão tributos como FGTS e INSS e no lucro, incidirão tributos como IR e CSSL. E ainda, que existem três formas de tributação das empresas no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

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Você sabia que na agricultura, para a contabilidade, o animal e a planta são chamados de ativo biológico e devem ser considerados nos demonstrativos contábeis pelo valor justo, de mercado, dos tais ativos biológicos? Essa vida de agricultora não é fácil, não!

Para que aconteça uma boa gestão, a mulher agricultora de sucesso tem que entender se aquela liquidação está mesmo com preços com desconto ou se é apenas uma maquiagem de marketing, mas também deve entender do seu demonstrativo financeiro e daquela empresa que negocia sua safra de café, sua safra de soja, deve conhecer a saúde financeira da empresa que lhe vende insumos, bem como daquele banco que você aplicou seu lucro.

Uma boa administradora rural deve conhecer questões que vão além do lucro e prejuízo, deve ter uma visão ampla de toda a cadeia negocial que cerca sua atividade rural.

Um grande abraço!



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS NO AGRONEGÓCIO!

Mulheres agricultoras de sucesso não temem o compromisso gerado pela assinatura de um contrato, pois sabem da necessidade dele para o sucesso do seu negócio! Contudo, antes de se comprometer, a empresária rural deve analisar o tipo de contrato exigido, suas entrelinhas, a garantia pretendida, índices de correção, dentre outras.

Existem vários tipos de contratos, contratos agrários como arrendamento rural, parceira agrícola e o novíssimo contrato denominado de integração vertical. Na área de financiamentos, existem os contratos de compra e venda; contratos para troca de produtos primários in natura, na safra, para insumos modernos ou vice-versa; contratos para pagamento antecipado de insumos modernos ou de commodities; contratos de preço fixo ou mínimo estabelecido de produto primário com preço fixo para entrega futura; contratos de preço a fixar de produto primário para definição do preço na safra, após a entrega; contrato de renegociação de dívida por frustração de safra; notas promissórias; duplicatas; CPR - cédula de produto rural, etc.

As garantias exigidas para esses contratos variam de avalista, hipoteca, penhor, fiador, dentre outras, porém, antes de aceitas passam pelo crivo do setor de análise de crédito, em que analisam além da capacidade de pagamento do cliente, a situação do imóvel, cadastros nos órgãos de proteção ao crédito e outras análises.

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Baseado na teoria da imprevisão, o devedor, poderá, por conta da sua frustração de safra, oscilação de preços dos produtos objeto do contrato, não conformidade da qualidade do produto e outros imprevistos, solicitar ao credor, prorrogação do seu pagamento. No entanto, não é qualquer imprevisto que poderá ser aceito como causa à prorrogação do contrato, deve ser avaliado se o devedor não está se aproveitando de ações oportunistas e sem éticas para conseguir tal benefício.

Nos contratos em que a agricultora pactua a aquisição ou venda de um bem, bem como nos contratos agrários, ela deve buscar uma maior efetividade na elaboração desses, para dar-lhe a garantia jurídica necessária ao negócio realizado.

A mulher agricultora de sucesso funciona como agente no mercado do agronegócio, como peça que interage e mobiliza riqueza para o local do seu negócio, por isso a importância econômica que são geradas nessas relações contratuais de commodities,  nas relações contratuais imobiliárias e  nas relações contratuais agrárias.

Por Dra. Andréa Oliveira
Advogada | OAB MG 81.473


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

90% das mulheres brasileiras se orgulham de trabalhar no campo


Que as mulheres estão ganhando e merecendo o seu espaço é inquestionável. No agronegócio não é diferente, a cada dia, elas estão ocupando mais cargos, gerenciando e administrando tarefas que antigamente eram comandadas por homens. 

As mulheres inspiram o setor, mas ainda existem barreiras  que as impedem de ter uma participação plena e bem-sucedida no agronegócio. 

Um estudo realizado em 17 países feito pela Corteva AgriscienceTM, entrevistou 4.157 produtoras rurais que vivem realidades distintas em cinco continentes diferentes, 433 delas no Brasil.  

De acordo com a pesquisa, 90% das brasileiras têm muito orgulho de trabalhar no campo ou na indústria agrícola, número que excede a média global de países incluídos na pesquisa. 

O levantamento também mostra que elas sentem que suas contribuições são fundamentais para alimentar e apoiar suas famílias, comunidades e sociedade.

No Brasil, 78% das mulheres acreditam que existe discriminação de gênero (mais do que a média global, que é de 66%). Além disso, 63% das brasileiras disseram que atualmente existe menos discriminação do que há 10 anos e 44% consideram que o País levará, em média, de uma a três décadas para alcançar equidade entre os gêneros. 

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Um dado que chamou atenção é que quase 50% das brasileiras relatam ganhar menos do que os homens. Importante destacar que no Brasil esta percepção é pior do que nos demais países, cuja média é de 40%.

Outro dado revelado na pesquisa aponta que 89% das mulheres no Brasil gostariam de ter mais acesso a treinamentos. Na América Latina, em países como México e Argentina, os números são semelhantes, 86% e 84%, respectivamente. 

Ainda sobre educação, 87% das brasileiras e mexicanas gostariam de ampliar seu nível de formação acadêmica. As argentinas aparecem logo depois, com 85%.

(Fonte: Agrolink / Foto: Freepik)