Produtores são campeões na
emissão? Orgânicos são melhores? Não há mulheres no campo? Agricultores não têm
estudo? Veja as respostas do farm.com a essas e outras perguntas!
Com base em levantamentos científicos e apuração jornalística, os
profissionais do site americano farms.com respondem a nove mitos e teorias da
conspiração sobre o agronegócio. As respostas foram colhidas nos EUA, mas se
aplicam a todos os cantos do mundo em que a atividade é praticada.
Os produtores escolhem a
profissão apenas pelo dinheiro
Algumas pessoas acreditam que os produtores escolheram a carreira
exclusivamente para ficarem ricos. Com o dinheiro e o estresse necessários para
uma fazenda de sucesso, é difícil acreditar que riqueza seja a única razão. A
maioria dos produtores acredita que trabalha numa causa nobre, que ajuda a
comunidade e o mundo.
Os alimentos orgânicos são
melhores
Nas prateleiras dos mercados, o selo de orgânico normalmente está colado
em um produto geralmente mais caro. E isso faz com que muitas pessoas acreditem
que isso faz deles melhores que os que resultam da agricultura convencional. A
verdade é que até os produtores de orgânicos precisam adotar algum método de
manejo de pragas e plantas daninhas. Fora o selinho, orgânicos e convencionais
têm o mesmo aspecto, cheiro e sabor.
O agronegócio é um dos
grandes responsáveis pela emissão de gases
Devido ao maquinário e à produção metano pelo gado, o agronegócio é
visto como um grande emissor de gases do efeito estufa. Não é verdade. A
tecnologia do maquinário continua evoluindo e, somada à eficiência dos
combustíveis, ajuda na diminuição das emissões. Dado da Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos mostra que o agronegócio é responsável por apenas
9% da emissão de gases.
A atividade no campo é uma
exclusividade masculina
Nas gerações mais antigas, esse mito pode até ter alguma consistência,
nas hoje isso não se aplica mais. De acordo com a publicação “O Estado Mundial
da Agricultura e da Alimentação”, elaborada pela FAO (Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura), as mulheres representam 43% da
força de trabalho rural nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Não há empregos na
agricultura
Há pessoas que pensam que agricultura e pecuária só possibilitam dois
tipos de profissão: agricultor e pecuarista. Basta dar uma passada pela página
de carreiras do Canal Rural, por exemplo, para ver como há vagas para
zootecnistas, agrônomos, veterinários, biólogos, engenheiros ambientais, sem
falar de mecânicos, representantes de vendas, profissionais de logística e por
aí vai.
Os produtores não estão
preocupados com o ambiente
Devido ao fato de produtores usarem pesticidas, herbicidas, fungicidas
etc, alguns pensam que os fazendeiros não estão nem aí para o planeta. Mal
sabem o quanto o produtor depende do ambiente para que a lavoura cresça com
saúde. Chuva, vento e luz solar são grandes aliados e precisam ser preservados.
Essa é uma das razões para que produtores no mundo inteiro busquem novas
ferramentas e métodos para que a sua atividade tenha um impacto mínimo no
ambiente.
Os agricultores carecem de
estudo
Para algumas pessoas, ser produtor é uma opção para quem tem educação
limitada. Não sabem que o campo hoje está cheio de gente que estudou agronomia,
agronegócio, ciências agronômicas e outras faculdades. Só assim eles conseguem
acompanhar os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos necessários
para a sua atividade.
Os produtores não se
preocupam com o bem-estar animal
Há quem pense que os pecuaristas criam animais apenas para vender e que
não estão preocupados com a sua saúde e felicidade. Na verdade, os produtores
cuidam dos animais como se fossem parte da família. Além de manter seu gado
saudável, alimentado e protegido, produtores chegam a ajudar no parto de
bezerros, leitões, potros e outros.
As fazendas pertencem a
grandes corporações
Existe o preconceito de que a maioria das fazendas são gigantescas e que
só têm o lucro como objetivo, dispensando pouca atenção à sanidade dos animais
e dos alimentos que produzem. A verdade é que, na maioria, as propriedades
pertencem a famílias que as vão passando de geração em geração. De acordo com
um levantamento do USDA (o Departamento de Agricultura dos EUA), 97% das
fazendas nos Estados Unidos pertencem a famílias.
(Fonte: Canal Rural)
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