Por Lucy Mendes*
Em um mundo cada vez mais globalizado
em que as práticas profissionais e de governança corporativa tornam-se
pré-requisitos de aptidão e de conformidade de regras internacionais,
especialmente para garantir o potencial de segurança das empresas, o Compliance
surge como um mecanismo poderoso de integração de boas práticas corporativas
com impulsos em toda a organização.
O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, e pode ser entendido
como agir de acordo com uma regra, uma direção interna, ou seja, estar em
“compliance” é estar em
conformidade com leis e regulamentos externos e internos. Portanto,
manter a empresa em conformidade significa atender ao conjunto de regras dos
órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas pela sua empresa,
bem como dos regulamentos internos, principalmente aqueles essenciais ao seu
controle interno.
Quando surgiu a
atividade de compliance,
principalmente nas instituições financeiras, a maioria direcionou a atividade
para ser desempenhada pela assessoria jurídica, considerando a especialidade dos mesmos nas interpretações
dos instrumentos legais. As empresas que possuem grande responsabilidade
jurídica e normativa em seus atos, são as que mais precisam implantar um
departamento que garanta a harmonia de seus atos ou, pelo menos, ter uma assistência
externa para agir em apoio à sua alta direção.
Contudo, é
possível verificar que diante das necessidades operacionais passou-se a exigir
que a mera atividade “compliance” seja uma tarefa que vai além de criar normas
e políticas: devemos incluir o procedimento, daí a importância do
mapeamento e gestão, buscando suas melhorias.
É impossível
definir normas e procedimentos internos, para garantir que a empresa esteja em
conformidade, sem que haja domínio e conhecimento do negócio, de todos os
processos e a abrangência dos mesmos, interna e externamente. Além de manter as
informações seguras e seu negócio sempre funcionando, as organizações precisam
mostrar, e comprovar, para o mercado que estão adotando as boas práticas. Para
isso as organizações precisam estar em conformidade, ou em compliance.
Ao estar em compliance com as boas práticas e padrões
existentes atualmente, a organização destaca-se e recebe o reconhecimento do
mercado. Outros benefícios, além da vantagem competitiva, são: desconto em
linhas de crédito, valorização da organização, melhor retorno dos
investimentos, entre outros. Além de interpretar as leis que regem suas
atividades, a empresa precisa ter um eficiente controle interno, e estar atenta
para os riscos operacionais.
Somente assim, os controles internos terão seu papel levado mais a sério nas organizações, independentemente de tamanho ou atividade econômica, as normas legais emanadas pelos órgãos reguladores serão cumpridas à risca e a auditoria interna poderá trabalhar mais rapidamente, porque sabe-se: o tamanho do universo da amostragem numa auditoria é inversamente proporcional à eficiência dos controles internos.
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