quarta-feira, 2 de agosto de 2017

HEDGE - É possível investir com mais segurança


A palavra agronegócio compreende um universo que engloba tanto as atividades negociais ligadas à agricultura quanto à pecuária, bem como toda a complexidade de operações que estas atividades envolvem.

Destacamos a relevância que o agronegócio representa para a sociedade como um todo, e especialmente para o empresário rural procurar meios de proteger-se dos riscos de sua atividade.

A agricultura e a pecuária desempenham importante papel na industrialização de um país, não só na função de abastecimento urbano, seja fornecendo matéria prima ou alimentos em geral, mas também através da transferência dos lucros do campo para investimentos no meio urbano e da arrecadação de divisas estrangeiras através da exportação das mercadorias produzidas (financiando o desenvolvimento e adquirindo importações necessárias a este). Como se vê, quanto mais fortalecido o agronegócio, mais se consolida também o parque industrial de uma determinada região, pois os recursos daquele setor são transferidos na forma de investimentos neste último.

Assim, visando um contínuo desenvolvimento econômico do setor rural e da sociedade, bem como a oferta ao empresário rural de serviços que visem minimizar o risco natural que o agronegócio apresenta, passaremos a falar sobre o hedge.

O Hedge é um importante termo utilizado no mercado financeiro para se referir a proteção.

Isso mesmo! Ele é um mecanismo que tem objetivo de proteger operações financeiras com exposição a grandes variações de preços, protegendo o investidor do chamado risco de mercado, ou seja, do risco de exposição a volatilidade de determinados ativos.

São operações com a finalidade de proteção. A palavra hedge vem do inglês    que significa cerca, ou seja, proteção. Um produtor rural precisa se proteger da queda nos preços, sendo assim, assume posição vendida no mercado futuro, como se assim estivesse vendendo sua safra antecipadamente.

Vamos dizer que um produtor de milho esteja planejando sua colheita para daqui a quatro meses. No entanto, ele não sabe a que preço vai estar o produto naquela época. Para evitar que perca muito, caso haja uma queda brusca de preço, ele compra uma opção de venda. Com isso, garante que vai vender o produto a determinado preço, em determinada data. Essa opção de venda protege o produtor contra as fortes oscilações do preço do produto no mercado. Mas, caso o preço do milho ultrapasse o preço fixado na opção de venda, o produtor não é obrigado a exercer a operação. Isso é uma forma de hedge.

A partir do momento que um investidor faz um hedge ele está assumindo que há riscos e que o retorno não será tudo aquilo que se espera. E não há problema algum nisso, pois é muito melhor prevenir do que remediar, não concorda?

Por Fabiana Martins Pereira Melo
Advogada do escritório Andréa Oliveira - OAB/MG 117.578

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